Vida em Veneza
“Não pode haver relações mais estranhas, mais melindrosas do que as de pessoas que só se conhecem de vista, que se encontram e se observam mutuamente todos os dias, hora por hora, e todavia estão coagidas, devido a convenções ou caprichos particulares, a fingirem fria indiferença, sem se cumprimentarem nem falarem uma com a outra. Entre elas reinam desassossego e exaltada curiosidade, reinam a histeria provocada pela necessidade – jamais satisfeita e artificialmente reprimida – de contato e intercâmbio e sobretudo uma espécie de constrangido respeito.”
Thomas Mann, autor de Morte em Veneza